terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tempo, tempo, tempo, tempo...

Os tempos são outros, isso é fato! A preocupação de todos é ter tempo para isso ou para aquilo. Essa impressão de que não há tempo suficiente para tudo que precisamos fazer, aliada ao foco constante no presente, o rápido avanço tecnológico, a valorização da razão, da ciência, do individualismo constituem-se como algumas características do que que vivemos, como vivemos hoje. Contrapondo-se à falta de tempo e, de certa forma, justificamdo-a, temos como estigmas o excesso e a urgência. Tudo é para ontem. Essa urgência faz com que tudo seja mais rápido. O homem (e a mulher também, claro!), neste cenário de mudanças, de inovações culturais e científicas, de excesso de informações e valores tradicionais que outrora definiam pessoas, famílias, sociedade, só poderiam ser pessoas cujas identidades encontram-se fragmentadas, em processo de desconstrução e construção constantes (Stuart Hall). Para diferenciar este período de nossa era do que conhecemos como Pós-Modernismo, o filósofo francês Gilles Lipovetsky criou o termo HIPERMODERNIDADE.

Hipermodernidade em outras palavras

"[...] A Hipermodernidade é caracterizada por uma cultura do excesso, do sempre mais. Todas as coisas se tornam intensas e urgentes. O movimento é uma constante e as mudanças ocorrem em um ritmo quase esquizofrênico determinando um tempo marcado pelo efêmero, no qual a flexibilidade e a fluidez aparecem como tentativas de acompanhar essa velocidade. Hipermercado, hiperconsumo, hipertexto, hipercorpo: tudo é elevado à potência do mais, do maior. A hipermodernidade revela o paradoxo da sociedade contemporânea: a cultura do excesso e da moderação."

"A obsessão moderna com o tempo se apossou de todos os aspectos da vida e não mais se restringindo a esfera do trabalho, segundo Lipovetsky: “A sociedade hipermoderna se apresenta como a sociedade em que o tempo é cada vez mais vivido como preocupação maior, a sociedade em que se exerce e se generaliza uma pressão temporal crescente” (Lipovetsky, 2004:75). [...]"

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipermodernidade

Mais tempo

E como o assunto aqui hoje é tempo, quero dividir com vocês este texto que encontrei como apresentação de uma comunidade de mesmo nome no Orkut. Leiam.

Um ano tem 365 dias...

Um ano tem 365 dias para podermos estudar. Depois de tirar 52 domingos, só restam 313 dias. No verão, há 50 dias em que faz demasiado calor para podermos estudar. Assim restam-nos 263 dias. Dormimos 8 horas por dia, por ano, isso são 122 dias. Agora temos 141 dias do ano. Se nos derem 1 hora por dia para fazer o que quisermos, 15 dias do ano desaparecem. Assim restam-nos 126 dias. Gastamos 2 horas por dia para comer, isso equivale a 30 dias, e sobram-nos apenas 96 dias no nosso ano. Exames e testes ocupam no mínimo 35 dias do ano. Portanto, só nos resta 46. Tirando aproximadamente 40 dias de férias e feriados, ficamos com apenas 6 dias. Digamos também que só saimos 5 dias. Só resta 1 dia. Porém esse único dia é seu aniversário. Ou seja, não tenho tempo para estudar!


FONTE: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=109112885

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NOTA SOBRE O TEXTO ACIMA:
Se você tirar ainda os momentos em que as pessoas passam nas Fazendinhas ou Cafés do Orkut, Facebook, Twitter, MSN, SKYPE, escrevendo em blogs ou jogando jogos online, AINDA FICARÃO DEVENDO DIAS. Que dureza!!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Most Serene (Sereníssima - Legião Urbana)


videoclip criado por internauta e publicado no Youtube.

Most Serene
(Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Marcelo Bonfá)
V. Legião Urbana. 1991. EMI-Odeon.
Tradução: HAM

I am a sentimental animal
I cling to that easily arouses my desire
Try to make me do what I do not want
And you’ll soon see what happens

I think I understand what you meant to say
But there are other things
I obtained my balance courting insanity
Everything else is lost but there are possibilities

We had the idea, but you changed the plans
We had a plan, you changed your mind
It’s gone, it’s gone – maybe another day

I dreamed some time ago, now I can’t even get to sleep
When was the first time we competed?
What nobody notices is what everyone knows
I don’t know about terrorism, we spoke of friendship

I am no more interested in what I feel
I don’t believe in anything except doubt
You wait for answers I don’t have but
I won’t fight for it

I even think twice if you want to stay.

My unseasoned orange tree, why are you so silvered?
Was it the moon this night, or the dew of the dawn
I have a silly grin, like hiccup

As chaos moves on
With all the calm of the world.

domingo, 12 de dezembro de 2010

"Espinhos no meu lado?"

Quando eu digo "John Doe is a thorn in my side", quero dizer o equivalente em português que "Fulano é uma pedra no meu sapato/caminho", em outras palavras, é o mesmo que dizer que "fulano" é um tormento, aborrecimento, uma preocupação, um problema. algo que causa dificuldade ou aborrecimento. Em inglês, é possível expressar a mesma ideia através de várias expressões:

a pain
a pain in the neck / ass*

a thorn in one's side / flesh


Vejamos alguns exemplos encontrados na net:

1. "(...)Also, they meet Bela Talbot, an "acquirer" and seller of occult objects, who is constantly a thorn in their side."
(Supernatural, Season 3, wikipedia)

2. "The boy with the thorn in his side / Behind the hatred there lies / A murderous desire for love / How can they look into my eyes / And still they don't believe me? / How can they hear me say those words? / And still they don't believe me?"
(The Smiths, letras.terra.com)

3. "Thorn in my side / You're always there / Just to remind me / That I still care."
(Bon Jovi, letras.terra.com)

__________
*a palavra ASS é um termo considerado vulgar, um palavrão.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sons da madrugada

São 02h24 da madrugada. Estou sem sono. Poderia dizer que, como de costume, estou ouvindo, atento, os "sons da noite". Os sons emitidos pelos que dormem, os ruídos da casa, da rua, cachorros latindo, vozes etc. parcialmente camuflados pelo barulho do meu ventilador. No entanto, estou de fato escutando o som dos acordes de uma banda indie, surgida nos 80, chamada The Lemonheads. A música é Into Your Arms.

Enquanto a escuto, repetidas vezes (nonstop), minha cabeça viaja no ritmo da batida empolgante e da letra simples. Eventos aparecem diante de mim como um flash. Tudo isso junto e misturado me deu vontade de falar sobre música, sobre coisas que vem acontecendo.

É curioso como a música pode desencadear uma série de emoções nas pessoas. As minhas, nesse instante, são boas. Me sinto bem comigo mesmo, me sinto contente. "Inspirado" seria a melhor de todas as definições. Estou louco para pegar o meu violão Yamaha G-20A e tocar os acordes dessa canção, cantar como se só eu existesse no mundo. E viajar. Como acontece toda vez que toco. Mas ele está com uma das tarrachas quebrabas. Não há como afinar. Não há como tocar.
Arrebatados pelas notas musicais, meus pensamentos voam sem empecilhos, sem barreiras tempo-espaciais, morais ou físicas, voam sem culpa. Esses mesmos pensamentos visitam o meu passado, vasculham o meu presente e esboçam traços de meu futuro. A música é como uma máquina do tempo que me transporta para uma dimensão de possibilidades.

Do meu passado, a música me trouxe o sábado. Me vi parado naquele ponto de ônibus, num dia quente depois do trabalho, enquanto observava o pombo catar suas migalhas próximo à calçada, agitado e faminto. Estava tão ocupado com sua tarefa cotidiana, que parecia não estar atento a mais nada, num local movimentado por pessoas e veículos. Aventurou-se centímetros mais longe da calçada. Obcecado por tantas migalhas espalhadas pelo chão, distraiu-se e não percebeu o ônibus se aproximar dele. Estava tão envolvido em sua coleta que, parecia não haver tempo para ele abrir as asas e alçar voo ou mesmo para pular para o lado seguro da calçada. Eu comecei a sentir uma angústia e, quando vi que o ônibus estava próximo demais, virei meu rosto para não ver o que eu sabia que não seria evitado. Segundos depois, olhei e vi o pombo esmagado, "quebrado" no meio das migalhas. Passei o sábado inteiro e o domingo refletindo sobre o que havia acontecido ao pombo, sobre como aquilo havia mexido comigo, o que me levou a pensar sobre como as coisas podem acontecer por acaso, sobre a brevidade da vida, como não temos controle sobre nada, nem sobre nós mesmo, quiça sobre o meio.

Do meu presente, fui agraciado com a sensação do descanso, a lembrança das férias que estão por vir, embora elas não siginifiquem totalmente "descanso". A música me trouxe ainda meus medos, desilusões, lembrou-me de minhas metas para o agora, estimulou-me, fazia meus átomos vibrar, me lembrava que ainda estou vivo - coisas essas que eventualmente esqueço.

Por fim, lá do meu futuro, a música presentou-me com as expectativas, com a lembrança do meu destino, os sonhos, os desejos... Ela lembrou-me ainda que é da minha vida e todas as implicações dos meus atos, sejam positivos ou negativos, que não posso esquecer. Lembrou-me de que não posso esquecer quem sou, de onde vim, que caminho estou seguindo e para onde quero ir.

A música é realmente uma das mais extraordinárias formas que o homem encontrou para ler o mundo e expressar-se nele, com o poder de libertar e também de aprisionar dentro de si mesmo. Into Your Arms é a música que me inspira nesta madruga afora, mas outras duas também ajudaram a criar essa atmosfera de introspecção e inspiração: Eyes, do grupo Rogue Wave e Jumper, do Third Eye Blind, ambas bandas de rock alternartivo da Califórnia e São Francisco respectivamente.

Video Clip: Lemonheads - Into Your Arms



The Lemonheads* - Into Your Arms
(album: Come On Feel the Lemonheads, 1993)

I know a place where I can go when I’m alone
Into your arms
Whoa, into your arms
I can go

I know a place that's safe and warm from the crowd
Into your arms
Whoa, into your arms
I can go

And If I should fall ...
I know I won't be alone.
Be alone anymore
___________
*The Lemonheads é uma banda estadunidense de rock alternativo formada por Evan Dando (vocal e guitarra), Ben Deily (vocal e guitarra) e Jesse Peretz (baixo) em 1986. Discografia:
Hate Your Friends (1987); Creator (1988); Lick (1989); Lovey (1990); It's a Shame About Ray (1992); Come on Feel the Lemonheads (1993); Car Button Cloth (1996); The Lemonheads (2006) e Varshons (2009)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cinema: Chapeuzinho Vermelho

Com estreia prevista para o primeiro semestre de 2011, lá nos EUA, chegará às telonas A Garota da Capa Vermelha (Red Ridng Hood). No Brasil a estreia só deve acontecer na segunda metade de 2011. O filme é versão gótica do clássico infantil Chapeuzinho Vermelho, cuja direção pertence a ninguém mais que Catherine Hardwicke, a mesma que dirigiu o filme preferido das adolescentes, "Crepúsculo", baseado no livro homônimo.

O filme, que preserva um pouco da característica do conto dos Irmãos Grimm escrito no século XIX, conta a estória de Valerie (Amanda Seyfried), uma bela camponesa que, embora prometida ao abastado Henry (Max Irons), se apaixona por um jovem lenhador chamado Peter (Shiloh Fernandez) com quem começa a se relacionar.

A estória se passa numa vila medieval. Quando Valarie e Peter decidem fugir em nome de seu amor proibido, a chapeuzinho descobre que sua irmãzinha havia sido atacada e morta por um abesta selvagem e sombria que ronda o lugar. Na verdade, é um lobisomem que cansou dos animais em sacrifício e está com fome de carne humana. Com a chegada do caçador, o padre Solomon (Gary Oldman), a esperança do povo do vilarejo para por fim à maldição, uma revelação é feita: Valerie e os demais logo ficam sabendo que qualquer um pode ser o "lobo mau".

O filme está em fase de finalizações, mas a partir desta sinopse disponível em diversos sites especializados em cinema, farei algumas considerações.
"Pela estrada a fora eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha.
Ela mora longe, o caminho é deserto e o lobo mau passeia aqui por perto."

Se o suposto filme de terror for tão meloso quanto Twilight - o que tudo parece indicar que sim - o filme não terá graça nenhuma, especialmente, se o lobisomem for o apaixonado da mocinha. O filme passará então de terror para terror light ou terror Emo. Um saco.

Se minhas previsões se confirmarem, possivelmente teremos mais obra cinematográfica que consolidará uma nova moda no mundo da sétima arte: filmes de adolescentes apaixonadas por monstros afetados - outrora bad boys, thugs etc; hoje, vampiros e lobisomens - e cujos papeis atribuídos aos adultos como orientadores, responsáveis pela supervisão e educação dessa galera são minimizados em detrimento da supervalorização de um comportamento inconsequente que tem como estopim uma paixão pueril avassaladora. Tais filmes se tornam, por assim dizer, a representação de toda essa rebeldia e conflito típicos vividos pelos jovens de hoje diante de temas como amor, sexo e responsabilidade por exemplo.
De qualquer maneira, teremos que aguardar mais esta adaptação para o cinema que, promete alguma coisa - embora eu ainda não saiba exatamente o quê: um filme de terror ou mais um romance à la Twilight. Vale a pena ressaltar que, dentre os quatro produtores desta película canadense-americana escrita por David Leslie Johnson encontra-se Leonardo DiCpario, cujo último papel no cinema foi o intrigante filme A Origem.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cinema: O Garoto de Liverpool

Para os fãs dos Beatles e, claro, John, estreia em dezembro no Brasil, o filme britânico-canadense Nowhere Boy (O Garoto de Liverpool) do diretor Sam Taylor Wood, que conta a estória de John Lennon (Aaron Johnson), de sua infância à sua adolescência solitária em busca de sua fama como músico, seu encontro com Paul McCartney, da formação de sua primeira banda The Quarrymen e a evolução para The Beatles. O filme é baseado no livro de Julia Baird, Imagine This: Growing Up With My Brother John Lennon, meia-irmã do cantor e compositor inglês.

O filme estreiou nos EUA, em 8 de outubro, um dia antes em que Lennon faria 70 anos.

Vamos aguardar! Lançamento previsto para 03/12/10 no Brasil e 26/12/10 no Reino Unido.

Tô colado!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

How Do You Say "Pegadinha"?



Muito engraçado este vídeo com as 10 pegadinhas mais engraçadas na opinião do internauta que o postou no You Tube. E, aproveitando a deixa, estou de volta com mais uma. Como é "pegadinha" em inglês?

OK, então vamos lá!

A pegadinha, seja ela feita em vídeo como uma câmera escondida (hidden camera) ou não, iguais ao vídeo postado acima, aqueles que o Sílvio Santos exibe todo domingo é uma practical joke. Também é muito comum o uso das palavras gag e prank (também prank joke).

Exemplo:

Isso é uma pegadinha?
Is this a prank/gag/practical joke?

E se você quiser expressar a ideia de "estar/cair numa pegadinha"; "ser vítima/alvo de uma pegadinha", você pode simplesmente usar a expressão verbal "to get pranked".

Exemplos:

Estou numa pegadinha?
Am I getting pranked?

E se você caisse numa pegadinha? O que você faria?
What if you got pranked? What would you do?

Existe também uma outra possibilidade de expressar a ideia acima, substituindo pranked por punk'd (punked), to get Punk'd*.

*Punk'd é uma série de programa da MTV, com 30 minutos de duração, cuja esteia foi em 2003, produzido e apresentado por Ashton Kutcher, no qual a graça está em se pregar pegadinhas em celebridades (como Sílvio Santos e Gugu faziam). O nome do programa refere-se justamente ao ato de sofrer uma pegadinha (being/getting punk'd), remetendo para o estilo de pegadinhas que são feitas no programa. O programa deixou de sewr produzido em 2007, mas parece que retornará agora em 2010, ainda sob a produção de Kutcher, mas apresentado por Mr. Bieber.
http://en.wikipedia.org/wiki/Punk%27d

Evening of Bloopers

Hey! Yesterday I had the funniest evening in my life so far. I was at this English school where I work. So I and the other teachers had to make a video to promote the workshops for our students, taking place next week. I felt so comfortable, at ease, that I had a lot of fun. The faces we pulled and bloopers we made were hilarious to me. I laughed like I had never laughed before.

* * *

Computer crash
As if it were not enough, I left my computer on overnight, and when I checked it this morning, I found a strange failure on the screen: the icons had no labels, likewise the instant messenger I use. When I rebooted the system, there was this strange color (or lack of color) on the rebooting screen. Everything I need less here and now is my "baby" crashing.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

As Perdas

"Our lives are defined by opportunities;
Even the ones we miss."


É estranha a sensação de não saber aonde se vai chegar. É estranha a sensação de perder ou estar perdendo o que mais se estima, especialmente uma pessoa. Especialmente aquela que o ajuda a enxergar o seu próprio reflexo.

É estranha essa sensação de nada ser concreto, absoluto. Por mais que creamos que elas sejam. Perder a oportunidade de ser feliz, embora me contem que possa existir muitas formas de sê-lo para compensar a dor, se for esta a felicidade que escolhemos e perseguimos, é uma dor perpétua, cujas chagas sangram um sangue incolor e inodoro. Uma dor muda, inaudível e invisível para os avatares sociais. Por outro lado, é, pois, é uma dor que se materializa em doenças no plano físico, uma dor que nos consome a alma e, nada mais tendo encontrado, passa a consumir a carne. Mostrando, por fim, a face da desesperança ao passo dos anos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Reflexões

"I learned long ago, never to wrestle with a pig. You get dirty, and besides, the pig likes it."

"Eu aprendi há muito tempo, nunca lutar com um porco. Você se suja, e além do mais, o porco adora."



George Bernard Shaw (1856 - 1950)
Escritor irlandês

sábado, 30 de outubro de 2010

How do you say "video cassetada"?



Como se fala "video cassetada" em inglês?


Originalmente, o termo videocassetada (cunhado e exibido no programa Domingão do Faustão) refere-se a vídeos feitos por cinegrafistas amadores em que são mostradas tombos, pancadas, quedas com pessoas ou animais. Depois esse termo passou a se referir a vídeos com pessoas e animais fazendo coisas engraçadas ou estúpidas
.

Em inglês, a palavra que possui um siginificado similar é blooper, que é expressão informal usada para referir-se a um erro embaraçoso causado por descuido, uma atrapalhada, especialmente diante de outras pessoas (um "mico"). Por isso, a palavra passou a designar também, uma sequência curta de filme ou produção de vídeo, geralmente uma cena deletada, por conter um erro cometido por alguém do elenco. - os famosos e adoráveis "erros de gravação". (wikipedia, the free encyclopedia)

Exemplos:

1. Rapaz, assistir à aquelas videocassetadas faz doer de tanto rir!

Dude, watching those bloopers make my sides hurt!



2. Videcassetadas de gatos são tão engraçadas. Toda vez que assisto, me acabo de rir.

Cat bloopers are so funny. Everytime I watch them I burst into laughs.


See ya.

How do you say "pagar mico"?

Olá, pessoal! Estou de volta com mais uma pergunta muito popular e sua solução prática. Por sinal, me fizeram esta pergunta hoje.

Como se fala "pagar mico" em inglês?


A expressão mais comum em inglês para comunicar a mesma ideia é make a fool of oneself. Porém, como o termo "pagar mico" é um termo bastante informal, uma expressão idiomática, acredito que seria mais apropriado dizer make a blooper. A palavra blooper é informal e refere-se a um erro causado por descuido, falta de jeito, por atrapalhação mesmo, especialmente diante de outras pessoas, o que faz dessa uma situação embaraçosa.

Exemplo 1:

Whenever I make a blooper that reveals how ignorant I am about everything in general, you correct me, I pout a bit, and then you take your correction back.
http://lizette.i.ph/blogs/lizette/2007/07/04/why-and-how-you-make-me-happy/

I made a fool of myself in front of the guy I like. I'm so embarassed. What do I do now?
http://answers.yahoo.com/question/index?qid=20080307222115AABGbTT

Para dizer "mico", como em "Que mico!", "Maior mico!" (What a blooper!), podendo-se utilizar também blunder, goof no lugar de blooper.

Exemplo 2:

Derrubar o celular na pia diante de meu novo namorado foi um "micaço" ("o maior mico").
Ô! "maior mico" mesmo.

Dropping the phone in the sink in front of my new boyfriend was a big blooper!
Wow! That was a real blooper indeed.

imagem:
portalibahia.com

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

How do you say "Acarajé" and "Moqueca de Siri"?


Ontem, uma colega se deparou com uma daquelas perguntinhas muito comuns para nós, teachers, e que, às vezes, é embaraçosa quando nos damos conta de que não sabemos como responder. É normal. Ela me dissse: "Meu aluno chegou para mim e me perguntou como se fala acarajé e moqueca de siri em inglês."

Afinal, como se diz ACARAJÉ e MOQUECA DE SIRI em inglês?

Exemplos:

Vou comer um delicioso acarajé lá em Cira amanhã.
I'm going to eat a delicious acaraje/acarajé at Cira's tomorrow.

Hmmm! Aquela moqueca de siri estava demais.
Yummi! That siri stew was wonderful.

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PERGUNTA: Acarajé e siri em inglês se escrevem e pronunciam-se da mesma forma?
RESPOSTA: sim.
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Geralmente, nomes de origem indígena ou africana não possuem uma palavra correspondente no inglês. É o que acontece com o acarajé, abará, caruru, capoeira etc. Especialmente se elas referem-se a uma iguaria culinária, uma dança, ou seja algo peculiar, característico de alguma cultura.

E o siri? Bom, o que é um siri? Não é bem um "caranguejo", é uma espécie de crustáceo, da família do caranguejo que possui uma morfologia distinta (carapaça achatada em forma de espinhos, patas traseiras em forma de nadadeiras) que o permite se locomover mais rápido na água do que primo. Por isso, nos Estados Unidos, usa-se a palavra swimming crab (caranguejo nadador) para se referir ao que chamamos aqui de siri. No entanto, para preservar um pouco a identidade da iguaria, opta-sepor também manter o nome original do elemento principal que dá nome ao prato, sendo assim, siri stew e não swimming crab stew.
caranguejo X siri

A palavra inglesa crab é um termo usado para caracterizar um grupo de animais semelhantes ao siri e o canguejo. Para diferenciar os mais variados "tipos" ou espécies de caranguejo, usam-se outras palavras ligadas à crab, que descrevem uma característica visual marcante ou habilidade peculiar. Por exemplo: hermit crab, king crab, horseshoe crab, porcelain crab, lice crab; halloween crab, swimming crab...
http://en.wikipedia.org/wiki/Crabs

The Swimming Crabs (Os Siris):

"Na Bahia, o extrativismo de siris com fins comerciais envolve uma série de espécies, entre elas, o siri de mangue (Callinectes exasperatus), o siri de coroa (C. danae), o siri azul (C. sapidus), o siri nema (C. bocourti), o siri caxangá (C. larvatus) e o siri bóia (Portunus spinimamus)."
http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2008/11/13/cultivo-de-siris-potencializa-a-pesca-na-bahia

rugose swimming crab (siri de mangue ou Callinectes exasperatus)
blue crab (siri-azul; siri-tinga ou Callinectes sapidus)
masked swimming crab (siri caxangá ou Callinectes larvatus)
Dana swimming crab (siri de coroa ou Callinectes danea)
blunt-tooth swimming crab (siri nema ou Callinectes bocourti)


The "moqueca"

Deixa o siri pra lá! Se você quiser dizer moqueca de PEIXE ou CAMARÃO... substitua a palavra crab por fish, shrimp. Quanto à palavra moqueca, embora de origem indígena, por se tratar de uma espécie de ensopado, usa-se a palavra inglesa stew (ensopado, cozido). Ainda assim, você poderia dizer:

- Você gostaria de provar uma moqueca de peixe?
- O que é moqueca de peixe?

Mas aí, seria legal explicar o que é o prato, se no caso, você estiver conversando (com ou escrevendo para) alguém que não domina o português.

- É uma espécie de ensopado de peixe branco, cebola, alho, pimentão, tomate, coentro e leite de coco.

- Would you like to try some moqueca de peixe?
- What's moqueca de peixe?
- It's a fish stew made with white fish, onions, garlic, bell peppers, tomatoes, cilantro, and coconut milk.


Até a próxima!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

How do you say "catraca", "cobrador", "passagem (tarifa)"?


...CATRACA, COBRADOR, PASSAGEM (TARIFA)?


Aproveitando a postagem anterior, vamos ver agora esses verbetes referentes ao campo semântico de transporte coletivo.

Exemplo:

"O rapaz pagou a passagem e passou pela catraca. O cobrador ficou na dele..."

The man paid the fare and went through the turnstile. The conductor kept to himself..."

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Topiqueiros indignados - horários a cumprir?

Como foi noticiado no BA TV 2ª Edição de hoje, ontem, um motorista de micro-ônibus (Vila de Abrantes - Itapuã) se envolveu num acidente no Km 6 da Estrada do Coco, em Lauro de Freitas, matando uma pessoa e deixando três feridos. Isso, obviamente, porque vinha dirigindo em alta velocidade com pista molhada. Segundo se pôde ouvir, na edição do telejornal, os "colegas" ainda se acham no direito de atrapalhar o ir-e-vir dos demais passageiros na Paralela e São Cristóvão por conta de uma manifestação, que segundo, as edições virtuais do A Tarde e Correio, foi realizada por moradores de São Cristóvão. Alguns "colegas" do motorista infrator, conforme noticiado, alegavam que sofrem cobrança para cumprir os horários. Ah é???
Foto: A Tarde Online

Os "colegas" estão reclamando (ou se justificando, não sei) porque são obrigados a correr??? Cobrados a cumprir horário??? E o que vocês me dizem da dificuldade no fluxo do trânsito causada pelos mesmos "indignados", quando ficam se "amarrando" nos pontos destinados aos coletivos em Itapuã e São Cristóvão? Você entra num micro-ônibus e espera a boa vontade do motorista para seguir a viagem, tendo ainda que ouvir conversas e comentários chulos entre eles em alguns veículos ou quando eles estão "competindo" por passageiros, correndo feito loucos e fazendo ultrapassagens - a desculpa para essa é porque eles ganham por comissão. Sem mencionar ainda, quando o passageiro perde o ônibus que passa direto porque não tem onde parar ou porque não vê o passageiro acenando. Me poupe.


Fontes:
-BA TV - 2ª Edição (18h30 aprox.)

-Correiro da Bahia:
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/tres-feridos-em-acidente-com-micro-onibus-permanecem-no-hge/?utm_source=direct&utm_medium=iFrame&utm_campaign=iBahia-mashup&cHash=ac17ec0606a039b6baed42a65d976907

- A Tarde Online:
http://www.atardeonline.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5639030


domingo, 17 de outubro de 2010

How do you say "tanto um quanto outro"?

... TANTO UM QUANTO OUTRO em inglês?

A razão de criar esta seção em meu blog é que, como todo professor de inglês, sou bombardeado com perguntas sobre "como se fala (isso ou aquilo) em inglês?". Vou compilar aqui algumas dessas perguntas e suas respostas.

Bom, outro dia, uma aluna de nível intermediário me perguntou:

- "Teacher, how do you say tanto um quanto outro in English?

Tanto um quanto o outro em inglês, pode ser expresso por Both of them / Both...and... Vejamos o exemplo:

a) "Tanto o governo quanto o cidadão têm responsabilidades"
- Both the government and the citizen have responsibilities.

b) "Tanto um quanto o outro têm responsabilidades"
- Both of them have responsibilities.

Alguns, no entanto, explicam que se pode usar a expressão Either...or... para dizer a mesma coisa. Eu discordo. Nesse caso, o uso dessa estrutura transmite a ideia de "alternância" e quando queremos dizer "tanto um quanto o outro não é a mesma ideia de Ou um ou outro. Correto?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tiririca, o palhaço mais votado do Brasil

Já ouviu falar em Francisco Everardo Oliveira Silva? Não? Ele é o "Tiririca da televisão" - como ele mesmo se chamava durante a campanha política. O palhaço mais conhecido do Brasil também é agora o deputado federal mais votado do país, tendo atingido a modesta marca dos 1.300.000 votos válidos dos eleitores paulistanos.

Como já não bastassem os "aspira" a políticos, caricaturas bizarras, estampadas na TV, em horários e espaços de nossos programas de TV preferidos, sem chances de conseguir um dos empregos mais cobiçados do Brasil, o que vemos hoje, eleitores e eleitoras, dos 16 aos 66 (e os que ainda se atrevem, mesmo não sendo mais obrigados) é uma significativa demonstração de como os eleitores e eleitoras tratam com seriedade um ato de cidadania, o qual ainda somos obrigados a exercer: o voto.

Num país onde os caras pintadas tiraram um presidente intelectualóide pedante, votaram num metalúrgico do povão e estão prestes eleger a primeira mulher a assumir o cargo de presidência do Brasil, vejo nesse fato da eleição de um palhaço como um ato de ironia e poder.

A ironia é óbvia, dada a apresentação, o discurso que o candidato-palhaço usou nos vídeos que serviram de propaganda, tirando um sarro de sua própria ignorância quando afirmou, por exemplo, não ter ideia do que faz um deputado federal, convocando os eleitores a descobrirem junto com ele, quando se elegesse. Diante de cenários de escândalos e corrupções políticas, a ironia está no fato de se eleger uma figura cômica, que nem faz questão de esconder que está ali para fazer graça, aproveitando que não há nada melhor do que ele, como disse: "Vote em Tiririca, pior não fica". É um sarro com a política. Já o poder a que me referi está relacionado à questão da mobilização da massa expressa claramente pela quantidade de votos que elegeram o Tiririca: foram mais de 1 milhão e duzentos mil. Se o povo consegue eleger um palhaço, falando as besteiras que todos ouviram e ouvirão - Deus abençoe o YouTube - essa é a nítida demonstração de que querer é poder, ainda que não de forma lúcida e, levando em consideração também, a intenção por parte do partido que o lançou. Isso leva a uma terceira consideração, Tiririca não passou de um fantoche usado por seu partido para assegurar mais cadeiras. E funcionou... por pouco tempo.


O pior dessa estória toda, ao analisa-la, é perceber o quanto nós, eleitores e eleitoras, somos usados como "massa de manobra", uma estratégia usada pelos que tem mais para lhes assegurar que continuem tendo mais. Os que elegeram o senhor Everardo foram seduzidos - de maneira bizarra - a dar-lhes seu voto!!! Que mente diabólica!

Mas, como noticiou hoje no JN, da Globo, a candidatura do nosso querido comediante está para ser cassada pelo fato de Tiririca ser analfabeto. Na ficha, no site do TSE, diz que ele "lê e escreve" no campo "grau de instrução". Mas exames grafológicos feitos numa declaração manuscrita feita pelo candidato mostraram diferenças gritantes, como uma letra S escrita de três formas diferentes. Isso significa que "alegria de pobre dura pouco".

domingo, 3 de outubro de 2010

Eleições 2010 - dicas de última hora

Se você, assim como eu, a esta altura do camepeonato não tem ideia em quem vai votar, trago aqui algumas sugestões que me foram muito úteis:

1. Faça sua cola eleitoral, ou "pesca" como chamamos aqui. Eis um modelo: copie e anote os numeros de seus candidatos;
2. Procure uma página da internet com informações sobre os candidatos baianos, como número, partido e até ver a cara deles ou o site do TSE;

http://www.eleicoes2010.info/candidatos-bahia/

http://divulgacand2010.tse.jus.br/divulgacand2010/

3. Se mesmo assim você achar que é muito trabalho para um dia de domino mas mesmo assim, vai ter que ir votar, a minha sugestão é NÃO VOTE EM "FDP" NENHUM. Ninguém quer mais fazer concurso público ou fazer faculdade, quer ser Deputado Estadual ou Federal. Assim, para VOTAR NULO, clique em números em que não exibem nomes nem rostos de candidatos e clique no BOTÃO VERDE para confirmar. Exemplo digite 99 ou 00 e vá em CONFIRMA, caso não tenha aparecido nada.

Minha pesca já está pronta.
BOA VOTAÇÃO.

Desenhando tipos

Postando uns estudos de tipos feitos diretamente no Photoshop. O traço é muito irregular. É ruim desenhar com o mouse, tá vendo? Mas ficou bem legal, eu confesso.

sábado, 2 de outubro de 2010

Garota Triste

That' s a sad red-haired girl I drew and colored. I started drawing her by the nose and I did not know her face, I did not know what she would be like until I finished her.

Pretty, isn't she?

Desenhos

Uma das minhas paixões primordiais nesta existência sempre foi desenhos (quadrinhos, animações, caricaturas e charges) e especialmente fazer desenhos. Estou meio inspirado ultimamente e, por consequencia, ando "rabiscando", arriscando alguns traços. Este, a seguir, foi uma tentativa de criar algo somente para postar no blog.


Tinha feitos alguns antes, mas nada tinha saído melhor do que esse, por conta da dificuldade de desenhar usando o mouse. Estou pesquisando o preço de algumas mesas digitalizadoras para facilitar a execução de meu hobby e dar mais liberdade ao meu traço, mas até lá o jeito é continuar com a área de trabalho do Photoshop. Uma outra opção até que a mesa não chegue é desenhar no papel e escanear, mas isso é tão chato. Ando meio sem paciência para certas coisas. De qualquer maneira, às vezes me pego gastando minutos, 1 ou 2 horas a fio, envolvido nesse hobby. As coisas, porém só saem do jeito que quero mesmo quando estou inspirado, quando não sei o que vou fazer nem como vai ficar: esta é a minha relação com o desenho.

Veja como ficou depois que adicionei cores e efeitos de sombra:


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Evolução da Comunicação

Fonte: movingimages.wordpress.com

"140 caracteres. Dizer mais o quê?"... Não tem o que falar mesmo, não é? Um espaço virtual de "bilhetes", "recadinhos" de "migalhas" discursivas. O homem vem buscando, ao longo de sua trajetória, seu espaço para criar formas de poder falar mais, divulgar ideias, pensamentos, desenvolvendo linguagens. E isto é o que o Twitter (nome originado da palavra onomatopaia inglesa "tweet", equivalente ao nosso "piu", som produzido por uma ave) é, um espaço para a divulgação de ideias em uma linguagem simplificada (?!). De fato, é uma nova linguagem. Mas, para quê? O homem se cansou de falar, de divulgar o que pensa sobre tudo e todos de maneira extensiva? Será que os leitores é que estão preguiçosos? Ou serão os escritores? Ou o povo não tem mais tanto tempo assim?

Uma consideração final: embora conectados pela tecnologia e suas novas linguagens (os sites de relacionamentos), estamos cada vez mais distantes um do outro.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"Karate Kid" ou "Kung Fu Kid"?

"(...)Cada geração quer exprimir o seu próprio pensamento,
e nunca duas épocas diversas, nem sequer duas gerações
sucessivas, tiveram os mesmos ângulos intelectuais de visão."
Joaquim Nabuco

Cada geração tem seu tempo, sua forma de ler o mundo, de expressa-lo. Cada uma também é marcada por importantes eventos. Eventos que inspiram valores, comportamentos, sonhos. Para uma grande parcela dos adultos de hoje, os anos 80 foram os melhores. Não diferente de como ocorre hoje com os nossos adolescentes, fãs incondicionais de Restart, Justin Bieber, Lady Gaga ou High School Musical, nós, que vivemos os melhores momentos da década de 80, também tivemos nossos ícones.

A Hora da Verdade
No auge dos anos 80, o karatê era tido como arte marcial muito popular e todos queriam “lutar” karatê. Eu tive aulas de natação (risos). No cinema dentre inúmeras produções voltadas para o público infanto juvenil, The Karate Kid (1984) foi um dos filmes que marcou essa geração. De alguma forma, nos identificávamos – falo em nome da geração 80 - com o jovem e solitário Daniel Larusso, ou melhor, Daniel San (Ralph Macchio), com 16 anos, tentando se adaptar a uma nova realidade: nova casa, novos códigos sociais, longe dos velhos amigos, da escola, longe de tudo. Uma realidade que para muitos jovens pode ser hostil. Sua vida começa a mudar quando o zelador, Sr. Miyagui (Pat Morita) promete ensina-lo karatê, depois que uma gangue de alunos praticantes de artes marciais o espancam e passam a persegui-lo.
Daniel começa então a pintar cercas, lixar assoalhos e encerar os carros de Miyagi, segundo as orientações do simpático zelador da ilha de Okinawa, no Japão. Num dado momento, após ter trabalhado tanto e não vendo nenhuma aula de karatê, Daniel San perde a paciência por completo e tira satisfações do velho mestre. Este manda-o repetir os movimentos realizados durante as tarefas mencionadas antes, mostrando ao jovem os movimentos básicos de defesa do karatê de Okinawa. Miyagi dá sequência atacando o pupilo, que por sua vez, aplica todos os movimentos aprendidos durantes as tarefas domésticas. Dá-se início ao treinamento de equilíbrio, socos e pontapés e muita disciplina. O ponto alto do filme é o Campeonato de Karatê de All Valley. Após passar por todos os oponentes, luta contra Johnny (William Zabka), aluno da Academia Cobra Kai, com muito sufoco para derrota-lo com o chute do Grou (Crane Kick) - cena antológica! Quem nunca ficou treinando o chute em casa depois de ter assistido ao filme, atire a primeira pedra (risos). Além disso, essa cena também influenciou outras produções (veja a foto). Daniel aprende a ter equilíbrio físico e mental, disciplina e respeito ao próximo para superar os desafios do campeonato e da vida.
O "Crane Kick" marcou gerações e foi lembrado e adaptado
para a personagem Trinity (Carrie-Anne Moss) em Matrix, 1999; à direita, Daniel San (1984).


Além da ótima interpretação do ator Ralph Macchio, que à época do filme tinha 23 anos e também dispensou os dublês para as cenas de lutas - o que torna o filme mais próximo do real, considerando a personagem -, o filme conta também com o famosa canção-tema, Glory of Love, de Peter Cetera. O filme ainda recebeu indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante daquele mesmo ano para o ator Pat Morita, falecido em novembro de 2005.

Kung Fu Kid?
The Karate Kid
(2010) é sim um remake. Vi em vários blogs, leitores discordando deste fato, comentando que esta era mais uma continuação (Karate Kid 5), pois contava uma estória diferente. Em primeiro lugar, para quem já assistiu ao original, se observar bem, a sequência de acontecimentos original é mantida. É perfeitamente visível a essência do filme de 1984, dirigido por John G. Avildsen e estrelado por Ralph Macchio e Pat Morita. Não é uma nova estória é uma adaptação, como acontece em todos os remake, por exemplo em Clash of the Titans (Fúria de Titãs), 1981 e 2010. E como toda adaptação, é reservado aos roteiristas, produtores e diretores o direito de fazerem suas interferências, afinal, os tempos e o público são outros.

Dre Parker, ou Xiao Dre (pequeno Dre), como é chamado pelo senhor Han (Jackie Chan), é um jovem de 12 anos que muda-se para a China com sua mãe e se vê frente ao mesmo dilema que Daniel San, salvo os detalhes geográficos. Além do fuso horário, o jovem Dre tem que lidar com o idioma complicado, os códigos sociais, os regulamentos da nova escola. Acaba conhecendo uma jovem chinesinha e, a partir daí, incia-se o pesadelo. Após um desentendimento no parque, Xiao Dre é espancado e atormentado por bullies, valentões da escola. Mas as coisas começam a mudar quando o jovem desmotivado Dre começa a aprender a ter dispiciplina e autoconfança através do treinamento do Kung Fu, sob a orientação do Sr. Han para enfrentar os valentões e provar para si mesmo a lidar com seu medo.

Na tentativa de pór fim ao impasse aos que ainda têm dúvidas, vou destacar alguns pontos que que comprovam o que considero a essência do filme original ao comparar as duas versões do filme:

1. Dre Parker, assim como Daniel Larusso, não possui a figura do pai por perto, que de certa forma, é preenchida pela figura dos seus respectivos mestres, Sr. Han e Sr. Miyagi. Ambos os mestres desenvolvem um sentimento paternal para com os dicípulos, percebendo sua dor e desorientação, especialmente porque são atormentados por perderem esposa e filho pequeno;
2. Ao procuar os futuros mestres, eles se encontram em seus humildes aposentos quando são chamados para consertar algo na casa. Miyagi e Han, enquanto fazem o reparo na casa, ficam observando os jovems praticarem arte marcial pela TV, após serem perseguidos e levarem uma surra dos valentões da escola, que tamebém praticam artes marciais sob a orientação do rigoroso e mau caráter mestre da Academia Dragões Guerreiros. Por sinal, o lema do mestre dos valentões é o mesmo da Academia Cobra Kai: “Sem fraqueza. Sem dor. Sem piedade.”

3. Dre e Daniel pedem ao zelador-mestre de artes marciais que lhes ensine a lutar. Depois vão na academia dos valentões e pedem para que os mesmos deixem o menino em paz, enquanto se preparam para o campeonato onde deverão lutar por respeito.

4. Durante o treimamento, ambos fazem tarefas que não aparentam ser aulas básicas de artes marcais. Ambos são ensinados sobre a filosofia das artes marciais, porém a variação maior, em minha opinião, se encontra aí: o treunamento subsequente de Dre Parker é mas duro e a filosofia transmitida por Han é mais profunda do que é mostrado no original.

5. Eu jamais poderia esquecer de fazer referência à massagem que Miyagi e Han fazem em seus pupilos quando levam a pimeira surra e finalmente quando estão prestes a perder por desistência, quando TAMBÉM os mestre da Academia Dragão Guerreiro pede que eum dos seus "quebre" a perna do discípulo de Han.

6. Por fim, embora os golpes finais sejam ao estilo de bichos diferentes - Daniel San, o chute ao estilo Grou; Xiao Dre, ao estilo Serpente - a ideia é a mesma. Campeonato ganho com uma perna quebrada e um golpe certeiro.
Apesar de haver diferenças entre as gerações, os valores e os modelos educacionais defendidos em cada uma, é importante frisar que é função de um educador preparar o aluno para o mundo, viver em sociedade. Os ensinamentos do "educador" Han permitem que seu discípulo, Xiao Dre, não somente aprenda não sentir medo diante dos desafios, mas também tire vantagem das adversidades, através da mudança da sua percepção da vida e de seu comportamento, preparando-o não para uma luta, um campeonato (o que poderia ser comparado a um teste, um exame), mas preparando-o para a VIDA, usando sua força interior, o Chi. Pois o Kung Fu está em tudo que se faz.

Sem ofensas, sou um amante de todas as artes marciais, especialmente as orientais, mas dentre todas elas, o Kung Fu é lindo demais (risos). O filme é muito bom, dosa muito bem o tom engraçado e sério com as interpretações de Jackie Chan e Jaden Smith, filho de Will Smith. A interpretação de Smith, no entanto, não é das boas, ainda precisa melhorar muito para ser tão bom quanto o pai, ao contrário de como atuou em The Pursuit of Happyness (2006), com então 8 anos, mas dá para assistir.

As melhores cenas são as do treinamento do personagem, porque as lutam finais, no campeonato, são muito fracas e Dre faz coisas que nem treinou, como acrobacias e chutes à la Guile do Street Fighter ou Law de Tekken. Fora isso, vale a pena ver o filme, se emocionar (houve cenas em que eu mesmo não segurei. Não queiram nem saber porquê, por favor) e até comprar o DVD ou Blu-ray, embora o filme não tenha a mesma força para marcar uma geração como The Karate Kid (1984).

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Discombobulated

(por HAM.)

You‘re telling me, I listen, but
Words make no sense
I don’t understand.
I can’t think straight.

I dunno what I’m saying
Not even what I thought
Deceiving words, huh?
Who? When? What?

I’m all discombobulated.

Your mouth moving
Sounds like mumbling,
Greek to me.
Anything wrong?

I resort to an interpreter,
Pen, pencil, a keyboard, a blog
Nothing comes out,
No input or output

Am I all discombobulated?

domingo, 5 de setembro de 2010

Lewis e Lohan: Beijo ou Tapa?

O mundo das celebridades, sejam elas nacionais ou internacionais, sempre foi cheio de ti-ti-tis, de disse-me-disse. Para os repórteres e paparazzis de plantão, um delize e a polêmica está feita. As estrelas norte-americanas Paris Hilton e Lindsay Lohan são as que mais agitam o cyberspace no momento. A dupla conseguiu deixar até mesmo o veterano comediante Jerry Lewis, de 84 anos, indignado com o comportamento que vêm apresentando num mundo onde, segundo ele, são uma referência para os fãs.

Assista ao vídeo em que o ator fala sobre Lindisay Lohan e Paris Hilton em entrevista ao programa de notícias, com duração de 30 minutos, Inside Edition, da CBS.



Como é possível notar pelas expressões faciais de Jerry Lewis, não é difícil concluir que ele não está contente nem fazendo algumas de suas gracinhas. Sua opinião é acompanhada por uma expressão séria, reticente e emplogada, até. Além disso, suas palavras são proferidas num tom incisivo quando foi perguntando sobre o que ele achava do comportamento dascelebridades.

Sobre Lindsay ele diz: "I would smack her in the mouth and be arrested for abusing a woman. I would say, 'You deserve this and nothing else.' Whack! And then, if she's not satisfied, I'll put her over my knee and spank her!"

Nos demais canais de notícias mundo afora, esta entrevista é a declaração do dia. Inclusive no Brasil. Veja algumas manchetes:

"Jerry Lewis diz que daria tapa na cara de Lindsay Lohan."
(publicado pelo site G1 em 04/09/2010 18h13 - "Atualizado em 04/09/2010 18h13")
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/09/jerry-lewis-diz-que-daria-tapa-na-cara-de-lindsay-lohan.html

"Jerry Lewis diz que gostaria de dar tapa na cara de Lindsay Lohan."
(publicado no site da editora Abril em 04/09/10)
http://www.abril.com.br/blog/celebridades-que-causam/2010/09/jerry-lewis-diz-que-gostaria-de-dar-tapa-na-cara-de-lindsay-lohan/

"Jerry Lewis ameaça: “se eu encontrasse Lindsay Lohan, beijaria a boca dela!” (publicado na seção da VEJA, no site da editora Abril, em 03/09/2010 - 19:37)
http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/jerry-lewis-ameaca-%E2%80%9Cse-eu-encontrasse-lindsay-lohan-beijaria-a-boca-dela-%E2%80%9D
No entanto, esta última traz uma informação diferente, publicada na seção da revista Veja, na página da editora Abril. Ao invés de dar um tapa, uma pancada ou uma bofetada em Linsay, aqui diz ele bancaria um velho sem vergonha e lhe daria "beijo" - e, ainda, "na boca dela"?! -. Que confusão causada por uma só palavrinha, smack.

De volta ao vídeo, naturalmente se Lewis tivesse demonstrando a vontade de "beijar" Lindsay, ele estaria um pouco empolgado, não concorda? Isso me leva a crer que o redator do texto - ou melhor, o TRADUTOR - estava com pressa e deve ter usado a ferramenta de tradução do Google ou Babilon para entregar a matéria na hora. Sendo esta a razão ou não, o fato é que este é um erro que chega a ser grosseiro porque o responsável não levou em consideração o contexto, ou talvez, nem se deu ao trabalho de revisá-lo.

Mal-entendidos em traduções, como nesse caso, podem transmitir ao leitor uma mesangem que nunca existiu, deturpando a noção do que é verdade, real. Por esta razão principal, eu costumo dizer que se procure sempre ler os textos autênticos, originais para evitar confusões ou adquirir informações fragmentadas, incompletas ou simplesmente falsas. Para isso, é claro, ter conhecimento de uma língia estrangeira, especialmente falando, o inglês, dado o seu papel como um idioma usado para comunicação global, é fundamental. A maior parte das informações está em inglês. No Wikipedia, por exemplo, muitas páginas não possuem tradução e, quando possuem, não apresentam informações suficientes. Aprenda inglês e.... LEIA SEMPRE O ORIGINAL!


Fontes:
http://www.tvsquad.com/2010/09/02/jerry-lewis-on-lindsay-lohan-i-would-smack-her-in-the-mouth/