Ler e meditar um pouco sobre comportamento humano, sobre o que acontece com o indivíduo diante de situações que representem uma "ameaça" real ou virtual, verte-se numa busca por respostas mil, por um entendimento de certos hábitos é a forma encontrada para entender melhor as "mudanças" dentro e fora do "eu".
O TEXTO ABAIXO NÃO É MEU.
ELE PODE SER ACESSADO NA ÍNTEGRA NO ENDEREÇO A SEGUIR:
http://www.seleccoes.pt/reagir_perante_a_dor
"Sinto dor: queixo-me, reajo, protejo-me
(...) A dor é um fenómeno consciente que se exprime em várias etapas. Identificamos a sensação como uma dor e uma dor específica baseando-nos naquilo que já sabemos. Analisamos a dor associando-a ao nosso tipo de vida, às nossas experiências passadas, pessoais, familiares ou que nos foram transmitidas pela nossa cultura. É por isso que utilizamos metáforas: sensação de queimadura, de picada, de choque eléctrico, pulsátil, etc.
Tentamos encontrar explicação para essa dor: o que é que temos? Porque nos dói? Procuramos a resposta na realidade (ferida, tumor ...) e no imaginário (será por causa de ...). Assim que pressentimos a dor, mudamos de comportamento. Procuramos evitá-la, aliviá-la. A dor força-nos a reagir, a proteger-nos por vezes até à exaustão ...
Adoptamos um comportamento (gritos, palavras, gestos e mímicas próprios de uma cultura) que faz que a nossa dor seja partilhada, comunicada, transmissível.
Do grito de dor, verdadeiro apelo ao outro, à relação estruturada médico-doente, dizer que se sofre é uma ponte estendida e um alívio para a pessoa que está fechada na sua realidade dolorosa.
Sinto dor: tenho medo, torno-me agressivo
Perante a dor, surge a inquietação que não faz mais que reforçar o sofrimento. - A dor dá origem a um stress físico e psicológico que pode ser prejudicial. Assim que a dor se instala, surge a ansiedade, baseada nas experiências anteriores. "Porque me dói? Tenho a certeza de que é grave...» Ansiedade, humor depressivo ou tristeza, pessimismo, ideias tristes ou fadiga coabitam e aumentam a dor.
- Acreditar que a dor é proporcional à gravidade da doença conforta no pessimismo. Do mesmo modo, associa-se muitas vezes a doença cancerosa à dor diz-se que o cancro dói), quando na verdade apenas 60 % dos cancros provocam dor. Numa pessoa curada de cancro, qualquer dor sentida é vista como uma potencial recidiva.
- Aquele que sofre encontra-se perante os seus próprios limites, perante o desconhecido: «Quanto tempo poderei aguentar esta dor? Irá durar muito mais tempo?"
- O medo da indiferença, o erguer de um muro de incompreensão, de uma agressividade face às pessoas que rodeiam o doente, reforçam um profundo sentimento de solidão: «Não consigo fugir desta dor que me invade... Não sei se conseguirei suportá-la. Será que poderei morrer de dor? Quanto tempo terei que aguentar esta dor? Porque é que não me querem aliviar? Não percebem, não me acreditam, continua a doer-me. Não querem saber de mim para nada ou fazem de propósito... Sinto-me tão sozinho.. .»
- A dúvida instala-se, a confiança desaparece: «Os médicos terão diagnosticado e controlado o problema? A dor não passa, isto não é normal. De certeza que se enganaram.» O desconforto (dificuldade de mover-se, de encontrar uma posição confortável, de dormir, de concentrar-se, de comunicar com a família e com os médicos) aumenta esta sensação.
-O sentimento de inferioridade é muitas vezes sentido penosamente. A agressão contra a integridade física e psicológica (situação de dependência física, diminuição do autocontrole) constitui um verdadeiro estado de regressão psicológica.
- O medo de sofrer leva a comportamentos inadaptados, quer por antecipação, quer por memorização de experiências anteriores. Podem tomar-se demasiados antálgicos, ou, pelo contrário, com medo de se tomarem demasiados medicamentos, evita-se a toma até que a dor seja insuportável. Ora, tomado demasiado tarde, o medicamento perde eficácia. Finalmente, o doente acaba por tomar muito mais medicamentos, ao contrário do que ele próprio queria.
- Se a dor persiste, se é vivida como uma agressão sobre a qual não se tem controle (no hospital, durante uma doença ou acto médico), torna-se traumatizante. Com medo de repetir essa experiência, o doente evita tratar-se («não volto a fazer aquele exame, nunca mais me deixo operar...») ou ficará ansioso perante qualquer nova experiência, e o seu limiar de tolerância desmoronar-se-á (efeito de revivescência traumática)."
O TEXTO ABAIXO NÃO É MEU.
ELE PODE SER ACESSADO NA ÍNTEGRA NO ENDEREÇO A SEGUIR:
http://www.seleccoes.pt/reagir_perante_a_dor
"Sinto dor: queixo-me, reajo, protejo-me
(...) A dor é um fenómeno consciente que se exprime em várias etapas. Identificamos a sensação como uma dor e uma dor específica baseando-nos naquilo que já sabemos. Analisamos a dor associando-a ao nosso tipo de vida, às nossas experiências passadas, pessoais, familiares ou que nos foram transmitidas pela nossa cultura. É por isso que utilizamos metáforas: sensação de queimadura, de picada, de choque eléctrico, pulsátil, etc.
Tentamos encontrar explicação para essa dor: o que é que temos? Porque nos dói? Procuramos a resposta na realidade (ferida, tumor ...) e no imaginário (será por causa de ...). Assim que pressentimos a dor, mudamos de comportamento. Procuramos evitá-la, aliviá-la. A dor força-nos a reagir, a proteger-nos por vezes até à exaustão ...
Adoptamos um comportamento (gritos, palavras, gestos e mímicas próprios de uma cultura) que faz que a nossa dor seja partilhada, comunicada, transmissível.
Do grito de dor, verdadeiro apelo ao outro, à relação estruturada médico-doente, dizer que se sofre é uma ponte estendida e um alívio para a pessoa que está fechada na sua realidade dolorosa.
Sinto dor: tenho medo, torno-me agressivo
Perante a dor, surge a inquietação que não faz mais que reforçar o sofrimento. - A dor dá origem a um stress físico e psicológico que pode ser prejudicial. Assim que a dor se instala, surge a ansiedade, baseada nas experiências anteriores. "Porque me dói? Tenho a certeza de que é grave...» Ansiedade, humor depressivo ou tristeza, pessimismo, ideias tristes ou fadiga coabitam e aumentam a dor.
- Acreditar que a dor é proporcional à gravidade da doença conforta no pessimismo. Do mesmo modo, associa-se muitas vezes a doença cancerosa à dor diz-se que o cancro dói), quando na verdade apenas 60 % dos cancros provocam dor. Numa pessoa curada de cancro, qualquer dor sentida é vista como uma potencial recidiva.
- Aquele que sofre encontra-se perante os seus próprios limites, perante o desconhecido: «Quanto tempo poderei aguentar esta dor? Irá durar muito mais tempo?"
- O medo da indiferença, o erguer de um muro de incompreensão, de uma agressividade face às pessoas que rodeiam o doente, reforçam um profundo sentimento de solidão: «Não consigo fugir desta dor que me invade... Não sei se conseguirei suportá-la. Será que poderei morrer de dor? Quanto tempo terei que aguentar esta dor? Porque é que não me querem aliviar? Não percebem, não me acreditam, continua a doer-me. Não querem saber de mim para nada ou fazem de propósito... Sinto-me tão sozinho.. .»
- A dúvida instala-se, a confiança desaparece: «Os médicos terão diagnosticado e controlado o problema? A dor não passa, isto não é normal. De certeza que se enganaram.» O desconforto (dificuldade de mover-se, de encontrar uma posição confortável, de dormir, de concentrar-se, de comunicar com a família e com os médicos) aumenta esta sensação.
-O sentimento de inferioridade é muitas vezes sentido penosamente. A agressão contra a integridade física e psicológica (situação de dependência física, diminuição do autocontrole) constitui um verdadeiro estado de regressão psicológica.
- O medo de sofrer leva a comportamentos inadaptados, quer por antecipação, quer por memorização de experiências anteriores. Podem tomar-se demasiados antálgicos, ou, pelo contrário, com medo de se tomarem demasiados medicamentos, evita-se a toma até que a dor seja insuportável. Ora, tomado demasiado tarde, o medicamento perde eficácia. Finalmente, o doente acaba por tomar muito mais medicamentos, ao contrário do que ele próprio queria.
- Se a dor persiste, se é vivida como uma agressão sobre a qual não se tem controle (no hospital, durante uma doença ou acto médico), torna-se traumatizante. Com medo de repetir essa experiência, o doente evita tratar-se («não volto a fazer aquele exame, nunca mais me deixo operar...») ou ficará ansioso perante qualquer nova experiência, e o seu limiar de tolerância desmoronar-se-á (efeito de revivescência traumática)."
De fato a dor antinge não só o corpo,mas o psicológico, por ser uma sensação desconhecida e muitas vezes incontrolável;deixando o indivíduo vulnerável. Muito bom esse texto!
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