quinta-feira, 3 de junho de 2010

O que aprendemos sobre a história do Brasil?

A Super Interessante, edição 279, deste mês de junho de 2010, traz um artigo intitulado “A Nova História do Brasil”, assinado por Leandro Narloch (também autor de Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil), em que descreve um Brasil completamente diferente do que aprendemos nas escolas e apresenta ainda 19 mitos – que eu prefiro chamar mentiras absurdas – que professores, frutos de um sistema educacional deficiente, nos fizeram engolir e reproduzir automaticamente sem o mínimo de questionamento ou reflexão sobre os fatos perpetuando essa alienação até os dias de hoje, caso não fossem os novos pesquisadores e historiadores interessados sobre o que realmente aconteceu.

Vá e pergunte a qualquer pessoa nas ruas, por exemplo: Quem descobriu o Brasil? Quem inventou o avião? Que frutas e/ou comidas são típicas do Brasil? – Você, meu caro leitor ou minha cara leitora, saberia responder a essas perguntas também, não é? Claro. Pois, se você respondeu seguramente, sem vacilar, na sequência das perguntas: Pedro Álvares Cabral, Santos Dumont e bananas... Pode tirar seu jegue da chuva.

Só para esclarecer: essa história de que Cabral descobriu o Brasil é conversa fiada. Há registros escritos de que anos antes, outros navegadores portugueses e também espanhóis haviam passado por aqui. Sem falar no fato de que o fidalgo português chegou aqui porque não soube ler o mapa direito – ele estava indo para as Índias. Acho que vi um programa de TV (cujo nome infelizmente não me recordo agora) que falava justamente disso, revelando que lá em Portugal, Cabral não era um homem importante.

No programa Fantástico, havia um quadro sensasional chamado “É Muita História”, com Pedro Bial e Eduardo Bueno, no qual eles revelavam como realmente ocorreram alguns dos fatos mais importantes da nossa história de forma bem humorada. Acredito que em um dos episódios, mostraram que Dom Pedro I, autor do famoso “Grito da Ipiranga” teve um baita de um “piriri” e por isso acabou gritando, fato documentado inclusive por um monge que havia testemunhado o tal grito na época. Por falar nisso, a cena retratada na gravura “O Grito de Independência” pintada por Pedro Américo em 1888, também não foi nada daquilo, típica propaganda política.

Bem, mas retornando aos 19 mitos (mentiras) sobre a história brasileira, vale ressaltar um que sempre me intrigou, mas no fundo sempre soube a resposta certa: Alberto Santos Dumont não inventou droga de avião nenhum, rapaz. Nunca entendi porque sempre insistiram em dizer o contrário, deixando essas informações correndo soltas nos livros didáticos. Nos Estados Unidos, os irmãos Orville e Wilbur Wright já tinham feito um avião voar três anos antes de Santos Dumont subir com seu 14 Bis em Paris (1906) e, quando isso aconteceu, os irmãos já tinham melhoradoo significamente suas máquinas aéreas. A controvérsia reside na forma de lançamento das aeronaves. Também há algo sobre a imagem que temos do escultor mineiro Aleijadinho, os bandeirantes entre outros. De qualquer maneira, o que o artigo tenta mostrar é que os historiadores de hoje estão mais preocupados em descobrir como esses e outros mitos, que na verdade tinham a intenção de criar ícones e heróis nacionais, se originaram. Vale a pena a leitura.

No mais, se quiserem ficar mais por dentro de nossa própria história, sugiro que busquem informações na fonte. Leia sempre o original.

*créditos da imagem: superinteressante.com.br

Um comentário:

  1. Obrigada!De Pedro Álvares cabral eu já sabia... mas de Santos Dumont não,foi uma surpresa!quanto as frutas típicas nunca havia me questionado.

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