quinta-feira, 14 de abril de 2011

Algumas ideias sobre o tempo

Se não estiver enganado, este é o terceiro post que escrevo sobre o tempo. Quando penso no tempo, penso na História, nas mudanças, nas transformações cada vez mais rápidas e mais evidentes em nossa geração, cujas crianças praticamente nascem dentro de redes sociais e cujas primeiras ações no mundo são twitar, orkutar etc. Enquanto isso, os adultos de hoje não sabem nem o que significa PC.

O TEMPO certamente me fascina. Pensar no tempo é como viajar por um universo alternativo sem mover um músculo para rememorar eventos; uns bons, outros ruins, Eventos que queríamos mudar ou simplesmente revivê-los, voltar a sentir as emoções de outrora, evitar outras emoções. Viajar no tempo é também sonhar. É projetar-se à frente e experimentar novas situações com base em nossos desejos, nos impulsos dados pelo seu medo ou sua excitação, no que se conhece do mundo, das pessoas.

Ahh, se fosse dada à humanidade tal faculdade! A faculdade de avançar e voltar no tempo, tão fácil quanto pegar uma condução para o trabalho ou escola e voltar para casa com a sensação do dever cumprido, com paz de espírito. Ou melhor: tão fácil quando fechar os olhos e imaginar... a imaginação.... tão fácil de editar.

Mas seria assim tão simples quanto fechar os olhos e "imaginar"? Conseguiríamos mudar o que desejássemos mudar? Ganharíamos ou perderíamos algo? Manteríamos a memória de algo que deixou de acontecer? Como saberíamos viver com tanta informação, tanta resposabilidade? Será que sabermos as respostas a essas perguntas e tantas outras?

Difícil saber. Num dado momento da história evolutiva da raça humana, houve um despertar: passamos a ter "consciência". Nesse momento o homem deixou de ser um animal comum e se destacou, passou a entender, passou a criar para entender, a criar para ser, para existir de fato. Mais do que tudo, com o despertar da consciência, o ser humano passou a conhecer a (sua) natureza, passou a contar os ciclos, os dias, as estações, os anos, as décadas. Descobriu que tudo finda. Aprendeu a reconhecer os sinais que anunciam o fim dos ciclos, inventou estórias, mitos para ensinarem aos seus. Ao passar a conhecer que tudo mais termina, o homem se angustiou. O homem inventara o tempo.

[to be continued]

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Expresse sua opinião: concorde, discorde, mas com educação e respeito. Isso é fundamental em qualquer forma de relacionar-se com o outro!
SEJA BEM VIND(A)! ;)