quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A porta do Céu e o Axis Mundi


Knockin' on heaven's door
(letra de Bob Dylan)

Mama, take this badge from me                      Mãe, tira esse distintivo de mim
I can't use it anymore                                      Não consigo mais usar isso
It's gettin' dark, too dark to see               Está ficando escuro, escuro demais para enxergar
It feels like I'm knockin' on heaven's door      Parece que estou batendo na porta do céu)

Knock, knock, knockin' on heaven's door      Toc, toc, batendo na porta do céu - 4x

Mama, put my guns in the ground                  Mãe, ponha minhas armas no chão
I can't shoot them anymore                            Não consigo mais atirar com elas
That long black cloud is comin' down            Aquele fria nuvem negra está descendo
It feels like I'm knockin' on heaven's door      Parece que estou batendo na porta do céu

Knock, knock, knockin' on heaven's door      Toc, toc, batendo na porta do céu - 4x


A canção "Knocking On Heaven's Door", lançada em 1973, por Bob Dylan, foi composta para o filme de bang-bang Pat Garrett & Billy the Kid, estrelado por James Coburn. A canção descreve as impressões de um delegado moribundo que não consegue mais fazer a Lei ser cumprida. 

Nessa canção, as metáforas do "badge" (distintivo de xerife), "guns" (armas), "cold black cloud" (fria nuvem negra) de alguém batendo numa porta, à espera que ela se abra, uma porta como "heaven's door" (portas do céu) tão bem empregadas nessa composição simples de Bob Dylan e versada por Axel Rose, podem ser levadas para um contexto além do bang-bang. 

Para mim, ao menos hoje, essas imagens retratam alguém que está cansado de travar lutas contidianas - ex.: trabalhar, pagar contas, correr para resolver vários problemas e responsabilidades de si e dos seus. Retratam sentimento de falta do lugar ao qual pertencia, de pessoas. A vida vai perdendo sentido com o tempo. Como na canção, uma nuvem sombria vai pairando sobre a cabeça. O fogo vai se apagando. Só há frio e escuridão no fim. Tudo o que resta é sair batendo em todas as portas. Se ninguém atender, o jeito é sair correndo numa busca frenética pelo sentido da vida. A busca de alguém que espera e sonha encontrar o caminho para  o seu axis mundi, onde tudo o mais voltará a fazer sentido.

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